A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS decidiu recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para assegurar que Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como ‘Careca do INSS’, e o empresário Maurício Camisotti sejam ouvidos. Ambos foram detidos pela Polícia Federal em uma nova fase da operação que investiga fraudes na Previdência, mas o relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), confirmou que o cronograma de oitivas permanece inalterado. Antunes deve depor na próxima segunda-feira (15) e Camisotti na quinta-feira (18). A Advocacia do Senado está preparando um pedido ao STF para que os investigados possam comparecer à comissão.
A prisão de Antunes e Camisotti foi autorizada pelo ministro André Mendonça, do STF, e representa um avanço nas investigações sobre desvios em aposentadorias e pensões. O presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), considerou a decisão judicial uma vitória, afirmando que ambos estavam envolvidos em esquemas de dilapidação de patrimônio público. A CPMI já havia solicitado anteriormente a prisão preventiva dos dois, reforçando a gravidade das acusações contra eles.
Além dos depoimentos de Antunes e Camisotti, a CPMI também está considerando convocar o advogado Nelson Wilians, que é alvo da mesma operação. De acordo com a Polícia Federal, Antunes teria recebido cerca de R$ 53 milhões de associações de aposentados e pensionistas, enquanto Camisotti é suspeito de ser sócio oculto de uma entidade envolvida nas fraudes. A continuidade das investigações é crucial para a responsabilização dos envolvidos e a recuperação dos recursos desviados.