A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Rio Melchior, da Câmara Legislativa do Distrito Federal, realizou sua 12ª reunião ordinária na quinta-feira (11), com foco na degradação ambiental da bacia hidrográfica entre Ceilândia e Samambaia. Durante a sessão, representantes do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) confirmaram irregularidades em empreendimentos da região, incluindo o abatedouro da Seara Alimentos, que abate cerca de 280 mil aves por dia. A superintendente de Fiscalização do Ibram, Simone Rosa, destacou que duas empresas atuam sem licença ambiental e que o abatedouro apresenta diversos problemas operacionais e ambientais.
As declarações de Simone Rosa corroboraram achados anteriores da deputada Paula Belmonte, que denunciou a situação precária do maquinário e os vazamentos no local. A superintendente de Licenciamento do Ibram, Nathália Almeida, enfatizou que as irregularidades configuram um ilícito administrativo, ressaltando a necessidade de rever as exigências para o licenciamento ambiental na região. A CPI aprovou 10 novos requerimentos para investigar mais a fundo as condições do abatedouro e outros empreendimentos potencialmente poluidores.
A situação é alarmante, especialmente para as comunidades locais que enfrentam problemas de saúde relacionados à poluição do rio. A deputada Paula Belmonte expressou a urgência de ações efetivas para proteger o meio ambiente e a saúde pública, afirmando que não se pode aceitar a degradação de um recurso vital em plena capital do país. A CPI continua seus trabalhos com a expectativa de responsabilizações e soluções práticas para os problemas identificados.