A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) decidiu recorrer da decisão do ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), que desobrigou Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como ‘Careca do INSS’, e o empresário Maurício Camisotti de comparecerem para depoimento. O presidente da CPI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), declarou que a presença dos dois é essencial para esclarecer rapidamente os fatos investigados. Viana ressaltou: “Respeito a decisão do ministro, mas considero injustificável permitir que não venham depor”.
A investigação da Polícia Federal aponta o ‘Careca do INSS’ como um dos principais operadores de um esquema fraudulento relacionado a descontos indevidos em aposentadorias. Camisotti é suspeito de ser sócio oculto de uma das associações envolvidas nas fraudes. Ambos foram presos na última sexta-feira, 12, durante uma nova fase da Operação Sem Desconto, que também incluiu buscas no escritório do advogado Nelson Willians e cumpriu mandados em São Paulo e no Distrito Federal.
A decisão do STF gerou repercussões significativas, uma vez que a CPI busca acelerar a apuração das irregularidades no sistema previdenciário. A insistência da CPI em ouvir os depoimentos reflete a urgência em esclarecer as denúncias e responsabilizar os envolvidos no esquema. O desdobramento deste caso poderá impactar não apenas as investigações em curso, mas também a confiança pública nas instituições responsáveis pela previdência social.