O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil se reunirá nesta quarta-feira, 17 de setembro, para decidir sobre a taxa básica de juros, a Selic. A expectativa entre economistas consultados é de que a taxa permaneça em 15% ao ano, com alterações mínimas no comunicado oficial. Essa previsão está alinhada com a pesquisa Focus, que aponta a manutenção da taxa até o fim do ano.
Felipe Salles, economista-chefe do C6 Bank, acredita que o Copom fará um pequeno ajuste na comunicação, enfatizando a necessidade de uma política monetária contracionista por um período prolongado para garantir a convergência da inflação à meta. Outros especialistas, como Ian Lima da Inter Asset e Lucas Constantino da GCB Investimentos, corroboram essa visão, destacando que o ciclo de cortes deve iniciar apenas em março de 2026, dependendo da estabilidade das expectativas econômicas.
As implicações dessa decisão são significativas para a economia brasileira. A manutenção da Selic em 15% pode conter a inflação, mas também impacta negativamente o crédito e o crescimento econômico. Com sinais de desaceleração na economia, como queda na produção industrial e no varejo, o Banco Central enfrenta um dilema: manter os juros altos para controlar a inflação ou buscar um crescimento mais robusto no futuro.