Na sexta-feira, o Conselho de Segurança da ONU não conseguiu aprovar uma resolução proposta por China e Rússia que buscava estender a suspensão das sanções ao Irã por mais seis meses, resultando em uma votação de 4 a 9. Apenas Argélia, China, Paquistão e Rússia apoiaram a proposta, enquanto países como Dinamarca, França, Grécia, Panamá, Serra Leoa, Eslovênia, Somália, Reino Unido e Estados Unidos se opuseram. A decisão ocorre após o acionamento da medida de ‘snapback’ pelo Reino Unido, França e Alemanha, que restabelece as sanções ao Irã devido à falta de progresso nas negociações sobre seu programa nuclear.
As sanções que entrarão em vigor incluem o congelamento de ativos iranianos no exterior e a proibição de negócios de armas com Teerã, além de penalizações para qualquer desenvolvimento do programa de mísseis balísticos do país. Dmitry Polyanskiy, vice-embaixador russo na ONU, expressou sua frustração com a decisão dos países ocidentais, afirmando que esperava que optassem pelo caminho da diplomacia em vez de medidas coercitivas. O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, também se reuniu com seus homólogos europeus antes da votação, mas não houve avanços significativos nas discussões.
O presidente iraniano Masoud Pezeshkian criticou a decisão como ‘injusta e ilegal’, refletindo a postura firme do Irã em não ceder à pressão externa. A situação permanece tensa, com o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, afirmando que as negociações com os EUA seriam um ‘beco sem saída’. O desdobramento dessa votação pode intensificar ainda mais as tensões na região e complicar os esforços diplomáticos futuros relacionados ao programa nuclear iraniano.