O ex-presidente Jair Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), uma decisão que pode levar os Estados Unidos a impor novas sanções às autoridades brasileiras. Integrantes do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acreditam que essa condenação encerra um capítulo da crise diplomática com Donald Trump, mas as tensões entre os dois países devem continuar até as eleições de 2026.
A condenação de Bolsonaro, que ocorreu sob pressão americana, demonstrou que as sanções não intimidaram o STF. Com isso, há o risco de que a pressão dos EUA se volte ao Congresso Nacional, visando apoiar uma anistia aos golpistas. Auxiliares de Lula consideram que Trump deseja um governo mais alinhado à direita no Brasil, o que intensifica as expectativas de conflitos diplomáticos nos próximos anos.
Após o julgamento, o governo brasileiro se questiona sobre como a Casa Branca irá recalibrar sua estratégia. A análise inicial sugere que Trump adotou um tom mais moderado em comparação com seu secretário de Estado, Marco Rubio. Enquanto isso, o governo brasileiro pretende manter um discurso de defesa da soberania e buscar novos mercados, já que o diálogo com os EUA permanece bloqueado.