A Comissão Europeia apresentou suas propostas para a assinatura e conclusão do Acordo de Parceria União Europeia-Mercosul e do Acordo Global Modernizado UE-México. Em comunicado, a UE classificou os dois pactos como “marcos importantes” de sua estratégia para diversificar relações comerciais e fortalecer laços econômicos e políticos com parceiros estratégicos. O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, afirmou que países da UE que se opõem a um acordo comercial com o Mercosul não poderão impedir sua adoção, mas estão buscando formas de mitigar seus efeitos negativos.
Tusk destacou que, caso surjam sinais negativos, a Comissão Europeia deve implementar imediatamente mecanismos de defesa, como a reimposição de tarifas. A presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, enfatizou que os acordos podem gerar bilhões de euros em novas oportunidades de exportação e apoiar centenas de milhares de empregos na Europa. O pacto com o Mercosul criará a maior zona de livre comércio do mundo, abrangendo mais de 700 milhões de consumidores, enquanto o acordo com o México eliminará tarifas sobre produtos alimentícios europeus.
Ambos os acordos ainda precisam ser ratificados pelo Parlamento Europeu e pelos Estados-membros para entrarem em vigor. A adoção de acordos interinos permitirá que partes dos pactos sejam implementadas antes da ratificação completa. As negociações refletem a intenção da UE de fortalecer sua posição econômica global, mas também revelam as tensões internas sobre como equilibrar interesses comerciais e proteções agrícolas.