As vendas no comércio varejista brasileiro recuaram 0,3% na passagem de junho para julho de 2025, representando o quarto mês consecutivo de queda. Com essa redução, o setor acumula uma perda total de 1,1% nos últimos meses, embora tenha apresentado um crescimento de 1% em comparação com julho do ano anterior. No acumulado dos últimos 12 meses, o comércio varejista ainda registra uma alta de 2,5%, situando-se 9% acima dos níveis pré-pandemia, mas 1,1% abaixo do pico histórico alcançado em março de 2025.
Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e revelam que quatro das oito atividades analisadas apresentaram desempenho negativo entre junho e julho. As categorias mais afetadas incluem equipamentos e material para escritório (-3,1%) e tecidos, vestuário e calçados (-2,9%). Por outro lado, setores como móveis e eletrodomésticos (+1,5%) e artigos farmacêuticos (+0,6%) mostraram crescimento, indicando uma recuperação parcial em algumas áreas do varejo.
As implicações dessa queda nas vendas podem ser significativas para a economia brasileira, refletindo um cenário desafiador para os consumidores e comerciantes. A continuidade da retração no comércio pode impactar a confiança do consumidor e as decisões de investimento no setor. Além disso, a comparação com o comércio ampliado, que inclui atacado e outros segmentos, mostra um crescimento de 1,3% em julho em relação a junho, mas uma queda de 2,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior, sugerindo um panorama misto para a economia.