No mês passado, os Estados Unidos celebraram o 60º aniversário da assinatura da Lei de Direitos de Voto (VRA) pelo presidente Lyndon B. Johnson. Este marco legislativo, que visava garantir o direito ao voto independentemente da raça, é considerado uma das vitórias mais importantes do movimento pelos direitos civis, mas atualmente enfrenta ataques que ameaçam sua integridade. Os republicanos têm buscado desmantelar a VRA através do sistema judiciário, colocando em risco os avanços conquistados ao longo das décadas.
A luta pela aprovação da VRA foi longa e marcada por vitórias e revezes, refletindo a persistência dos afro-americanos na busca por direitos iguais. Desde a fundação do país, eles reivindicaram o direito ao voto, culminando na aprovação da 15ª Emenda em 1870. No entanto, essa conquista foi rapidamente revertida por medidas discriminatórias que impediram a participação eleitoral dos negros no sul dos Estados Unidos, levando a um período de intensa mobilização e resistência.
As implicações dessa luta histórica são profundas e continuam a ressoar nos dias atuais. A mobilização em Selma em 1965, que culminou no violento “Domingo Sangrento”, expôs a brutalidade enfrentada pelos defensores dos direitos civis e catalisou a aprovação da VRA. À medida que novos desafios surgem, as lições do passado ressaltam a importância da vigilância e da ação coletiva na proteção dos direitos democráticos.