A Confederação Nacional da Indústria (CNI) realizou uma missão aos Estados Unidos com o objetivo de discutir o impacto das tarifas impostas pelo governo americano. A estratégia adotada foi a de ‘diplomacia empresarial’, conforme explicou Frederico Lamego, superintendente de Relações Internacionais da entidade. A missão contou com a participação de 80 empresários brasileiros e cerca de 50 compradores americanos, visando abrir canais de diálogo e mapear os efeitos das tarifas em setores-chave.
Durante a missão, Lamego enfatizou a necessidade de abordar temas econômicos que interessem ao lado americano, como combustíveis sintéticos e minerais críticos. Ele também mencionou a importância de reconhecer o contexto político do conflito tarifário, citando declarações do vice-secretário de Estado dos EUA, Christopher Landau. A CNI busca, assim, transformar a crise em uma oportunidade para fortalecer as relações comerciais entre os dois países.
Lamego ressaltou que a reversão das tarifas exigirá pressão externa e que a CNI está atenta ao impacto sobre consumidores americanos. A entidade contratou Roberto Azevêdo, ex-presidente da OMC, para auxiliar nas negociações. O objetivo é iniciar um processo negocial estruturado entre os governos, monitorando os impactos e articulando com compradores e distribuidores afetados, visando ampliar as relações comerciais entre Brasil e EUA.