Durante uma audiência pública realizada em Washington, na quarta-feira (3), a diretora de Relações Internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Sueme Mori, afirmou que apenas 5,5% das exportações do agronegócio brasileiro são beneficiadas por acordos comerciais. A declaração foi feita em um contexto de investigação da Seção 301 da Lei de Comércio dos Estados Unidos, que analisa supostas práticas inadequadas de parceiros internacionais, incluindo alegações de que o Brasil não estaria cumprindo compromissos ambientais.
Mori rejeitou as acusações de práticas desleais atribuídas aos produtores brasileiros, ressaltando que a competitividade do setor se baseia em fundamentos legítimos, como recursos naturais e investimentos em inovação. Ela enfatizou que o crescimento do agronegócio brasileiro não está relacionado a tarifas preferenciais ou condutas irregulares. Além disso, destacou que o Brasil possui participação limitada em tratados comerciais e não tem acordos com seus principais destinos asiáticos, como a China.
A diretora também reafirmou o compromisso do Brasil com padrões ambientais rigorosos e a importância da relação bilateral com os Estados Unidos, que é um dos principais destinos das exportações agrícolas brasileiras. Mori concluiu enfatizando a necessidade de um tratamento igualitário para agricultores de ambos os países e a conservação ambiental como prioridade nas práticas do agronegócio brasileiro.