A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participa nesta quarta-feira (3) da audiência pública em Washington, referente à investigação aberta pelo governo dos Estados Unidos contra o Brasil, com base na Seção 301 da Lei de Comércio. A entidade é representada por Sueme Mori, diretora de Relações Internacionais da CNA, que terá cinco minutos para apresentar a defesa do agro brasileiro. Em sua defesa escrita, a CNA argumenta que o aumento da competitividade do setor no comércio internacional não está relacionado a práticas desleais, mas sim ao investimento contínuo em pesquisa e inovação, além do perfil empreendedor dos produtores rurais brasileiros.
A investigação foi iniciada em julho e a audiência visa esclarecer as práticas comerciais do Brasil. A CNA espera reforçar junto ao governo americano que a produção agrícola brasileira se fundamenta em bases legais e sustentáveis, promovendo um comércio internacional justo e transparente. Na defesa protocolada em agosto, a CNA apresentou dados que demonstram a conformidade das políticas brasileiras em relação a três eixos destacados pelos EUA: Tarifas Preferenciais, Acesso ao Mercado de Etanol e Desmatamento Ilegal.
Os Estados Unidos são o terceiro maior destino das exportações agropecuárias do Brasil, tornando-se um parceiro estratégico para o setor. A participação da CNA na audiência pública é crucial para garantir que as práticas agrícolas brasileiras sejam reconhecidas como legítimas e sustentáveis, contribuindo assim para um diálogo mais construtivo entre os dois países sobre comércio e agricultura.