Na região de Piracicaba, São Paulo, o número de cirurgias de reconstrução mamária aumentou 145% nos últimos quatro anos, conforme dados da Secretaria de Saúde do Estado. Em 2020, foram apenas 20 procedimentos realizados no Departamento Regional de Saúde 10 (DRS-10), enquanto em 2024 esse número saltou para 49, refletindo a importância da nova legislação sancionada em julho que amplia o direito à cirurgia pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A nova lei garante que qualquer mulher que enfrente mutilações, não apenas aquelas em tratamento de câncer, possa requerer a cirurgia de reconstrução. Especialistas, como o mastologista César Cabelo dos Santos, ressaltam que o procedimento é fundamental para restaurar a autoestima e a simetria corporal das pacientes. Ele acredita que a conscientização sobre esse direito pode aumentar ainda mais a procura por esses procedimentos.
As histórias de mulheres como Carmelina de Toledo Piza e Claudinei Bolivio evidenciam a importância emocional da reconstrução mamária. Enquanto Carmelina teve sua cirurgia imediata após a mastectomia, Claudinei enfrentou uma longa espera de três anos. A ampliação do acesso à cirurgia representa um avanço significativo na saúde pública e no apoio às mulheres que enfrentam desafios relacionados ao câncer e suas consequências.