A cineasta indígena Lilith Cairú Abreu, de 27 anos, representa o Estado de Roraima no 1° Festival LABmais – Laboratório Sesc de Artes, Mídias, Tecnologias e Juventudes, que acontece em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, nesta quinta-feira (04). Com o tema “Entre corres e conexões: o que sustenta as juventudes?”, o festival reúne jovens de 17 estados para discutir a produção cultural e os desafios enfrentados pela juventude.
Lilith, pertencente ao povo Wapichana, se destaca como uma das vozes mais potentes da produção audiovisual independente na região Norte. Durante o painel “Corre, mas corre pra onde? Sevirologia, formalização e os desafios do trabalho na cultura”, ela compartilhará sua trajetória como atriz, roteirista, editora e diretora, abordando os mecanismos que ajudam jovens a superar a informalidade no setor cultural. Desde a produção de seu primeiro curta-metragem aos 17 anos, Lilith tem acumulado um currículo com mais de 15 curtas que tratam de temas relevantes como homofobia e identidade indígena.
O LABmais foi fundamental para o desenvolvimento de sua carreira artística, proporcionando acesso a equipamentos e formação que ampliaram suas habilidades. Lilith destaca a importância desse espaço criativo: “Foi ali que entendi que minha arte podia ser ferramenta de transformação”. O festival promete ser um marco na valorização das vozes jovens e na promoção da diversidade cultural no Brasil.