Desde a redemocratização em 1985, o Brasil teve oito presidentes civis, mas a estabilidade institucional se mostrou um desafio constante. Em quatro décadas, cinco desses líderes enfrentaram processos de impeachment, condenações judiciais ou prisões, evidenciando uma trajetória repleta de crises políticas e jurídicas no comando do Palácio do Planalto. Apenas José Sarney, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso conseguiram concluir seus mandatos sem enfrentar tais problemas legais.
Fernando Collor, o primeiro presidente eleito após a ditadura, renunciou em 1992 para evitar a cassação por corrupção. Dilma Rousseff perdeu o mandato em 2016 após um impeachment por crime fiscal, enquanto Lula foi preso e teve suas condenações anuladas pelo STF em 2021. Michel Temer foi preso em 2019 após deixar o cargo, e Jair Bolsonaro foi condenado em 2025 por tentativa de golpe de Estado, refletindo a fragilidade das instituições democráticas no Brasil.
Esses desdobramentos não apenas impactam a imagem dos ex-presidentes, mas também levantam questões cruciais sobre a governança no Brasil. A repetição de crises políticas sugere uma necessidade urgente de reformas institucionais para restaurar a confiança pública nas lideranças e na democracia. O futuro político do país pode ser moldado por essas experiências, exigindo um debate profundo sobre a ética e a responsabilidade no exercício do poder.