Desde a redemocratização em 1985, o Brasil teve oito presidentes civis, mas a estabilidade institucional foi um desafio constante. Em 40 anos, cinco desses líderes enfrentaram processos de impeachment, condenações judiciais ou chegaram a ser presos, marcando uma trajetória de crises políticas e jurídicas no comando do Palácio do Planalto. Apenas três presidentes eleitos pelo voto direto ou que assumiram como vice concluíram seus mandatos sem sofrer condenações, prisões ou a perda do cargo: José Sarney, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso.
As acusações contra os presidentes vão desde corrupção e crimes fiscais até tentativas de golpe de Estado. Fernando Collor renunciou em 1992 para evitar o impeachment, enquanto Dilma Rousseff foi destituída em 2016 por crime fiscal. Lula foi preso em 2018, mas teve suas condenações anuladas pelo STF em 2021. Michel Temer foi preso em 2019 após seu mandato, e Jair Bolsonaro foi condenado em 2025 por tentativa de golpe.
Esses eventos não apenas moldaram a trajetória política dos envolvidos, mas também levantaram questões sobre a saúde da democracia brasileira. A repetição de crises e condenações entre os líderes sugere uma fragilidade nas instituições e um desafio contínuo para a governança no país. O futuro político do Brasil dependerá da capacidade de seus líderes em restaurar a confiança pública e garantir a estabilidade institucional.