A nota de R$ 200, que traz a imagem do lobo-guará, completou cinco anos em 2 de setembro. Até o dia 11 deste mês, estavam em circulação no Brasil 161.754.593 cédulas, totalizando R$ 32.350.918.600,00, o que representa pouco mais de um terço do total planejado pelo Banco Central, que era de 450 milhões de notas. O lançamento da cédula ocorreu em meio à pandemia, quando havia preocupações sobre a escassez de papel-moeda devido ao auxílio emergencial e ao aumento da demanda por dinheiro físico.
O início do funcionamento do Pix, em novembro de 2020, teve um impacto significativo na forma como os brasileiros lidam com pagamentos. Em 2021, as cédulas eram o meio de pagamento mais utilizado por 83,6% da população, mas três anos depois, essa porcentagem caiu para 76,4%, com o Pix se tornando a opção mais frequente para 46% dos entrevistados. Essa mudança reflete uma transformação nas preferências dos consumidores e na dinâmica econômica do país.
A ex-diretora do Banco Central, Carolina de Assis Barros, que participou da criação da nota, destacou que a pandemia alterou o padrão histórico de demanda por dinheiro físico. O BC revisou suas projeções para evitar uma crise de liquidez e garantir que a cédula entrasse em circulação conforme esperado. Apesar das incertezas econômicas, a nota de R$ 200 tem se mostrado uma resposta adequada às necessidades financeiras da população.