Mais de 85 cientistas de diversas partes do mundo emitiram uma crítica contundente a um recente relatório do Departamento de Energia dos EUA, que minimiza a ameaça das mudanças climáticas. O documento, revisado em julho pela administração Trump, argumenta que os impactos das emissões de gases de efeito estufa são exagerados e menos prejudiciais economicamente do que se acredita. Chris Wright, secretário de energia e ex-executivo do setor de combustíveis fósseis, selecionou pessoalmente os autores do relatório, que contradizem o consenso científico sobre o aquecimento global.
Os cientistas afirmam que o relatório do DOE foi utilizado para justificar interesses em combustíveis fósseis, enquanto a Casa Branca reverteu as capacidades da Agência de Proteção Ambiental para combater as mudanças climáticas. O estudo contém várias distorções, como a afirmação de que o aumento do dióxido de carbono pode trazer benefícios à agricultura dos EUA, sem considerar as consequências documentadas do aumento das temperaturas. A crítica também destaca omissões significativas sobre o aquecimento dos oceanos e seus efeitos devastadores nos recifes de coral.
As implicações desse relatório são preocupantes, pois podem servir como base para futuras políticas ambientais. Os cientistas enfatizam a importância de se opor a essa narrativa distorcida e alertam que a falta de um processo rigoroso de revisão por pares comprometeu a credibilidade do documento. A resposta da comunidade científica é vista como crucial neste momento, já que as ações da administração Trump têm buscado desmantelar esforços governamentais para enfrentar as mudanças climáticas.