O início das chuvas nas regiões produtoras de café do Brasil trouxe otimismo para a safra de 2026, conforme afirmou Gil Barabach, especialista do Safras & Mercado, em entrevista ao Times Brasil. Segundo ele, “a chegada das chuvas aqui no Brasil começa a trazer uma perspectiva melhor para a próxima safra brasileira de café, aliviando um pouco esse estresse do abastecimento que vemos no mercado internacional”. No entanto, Barabach alerta que a continuidade das chuvas e o desenvolvimento das lavouras são essenciais para garantir uma colheita robusta.
Além do impacto positivo das chuvas, a relação comercial com os Estados Unidos, um dos maiores compradores do café brasileiro, também influencia os preços internacionais. Barabach destacou que as tarifas de 50% sobre o café brasileiro tornaram as importações proibitivas para a indústria americana, levando-a a buscar alternativas em outros países. Essa situação gera uma pressão adicional sobre os preços globais, uma vez que o Brasil é responsável por uma parte significativa da oferta mundial de café.
A dinâmica do mercado é complexa, pois uma safra grande no Brasil tende a pressionar os preços internacionais para baixo, enquanto uma safra menor pode elevá-los. Barabach enfatizou que qualquer notícia sobre a produção brasileira tem um efeito direto sobre os preços no mundo, influenciando toda a cadeia produtiva, desde os agricultores até os consumidores finais. Assim, o cenário futuro da safra de café dependerá não apenas das condições climáticas, mas também das relações comerciais e da demanda global.