Pequim (Reuters) – Em agosto de 2025, a China alcançou um marco histórico nas importações de soja, totalizando 12,28 milhões de toneladas, um aumento de 1,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Este crescimento é impulsionado pela demanda crescente por soja da América do Sul, especialmente do Brasil, em meio às tensões comerciais persistentes entre a China e os Estados Unidos.
Nos primeiros oito meses do ano, as importações chinesas de soja somaram 73,31 milhões de toneladas, representando um aumento de 4% em relação ao ano anterior. A expectativa é que a maior parte dessa soja provenha do Brasil, que deve exportar cerca de 6,75 milhões de toneladas em setembro. Especialistas alertam que a falta de progresso nas negociações comerciais entre EUA e China pode levar a uma escassez de oferta e impactar os preços no mercado.
A ausência de reservas de soja dos EUA para o período da safra norte-americana coloca os exportadores americanos em uma posição vulnerável, com perdas potenciais que podem chegar a bilhões de dólares. Para mitigar essa lacuna, importadores chineses estão aumentando suas compras da Argentina e do Uruguai, prevendo adquirir até 10 milhões de toneladas desses países durante o ano comercial de 2025/26.