Em julho de 2025, a China interveio diplomaticamente para encerrar o conflito fronteiriço entre Camboja e Tailândia, apelando pelo fim das hostilidades. Contudo, documentos de inteligência da Tailândia indicam que, semanas antes desse apelo, a China enviou foguetes e projéteis de artilharia ao governo cambojano. Essa revelação expõe a atuação ambígua da China, que simultaneamente busca se posicionar como pacificadora e mantém relações militares com uma das partes envolvidas.
O conflito entre Camboja e Tailândia, que se intensificou na região fronteiriça, tem provocado tensões significativas no Sudeste Asiático. A entrega de armamentos chineses ao Camboja sugere um apoio estratégico que contrasta com o discurso oficial de mediação pacífica. Essa postura complexa da China reflete seus interesses geopolíticos na região, onde busca ampliar sua influência militar e diplomática.
As consequências dessa dualidade podem repercutir nas relações bilaterais da China com os países do Sudeste Asiático e na percepção internacional sobre seu papel em conflitos regionais. A situação pode agravar as disputas locais e desafiar os esforços multilaterais para garantir estabilidade, além de influenciar futuras negociações diplomáticas envolvendo as potências globais.