A Controladoria-Geral da União (CGU) investiga sete servidores públicos do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) por suspeitas de enriquecimento ilícito decorrente de fraudes nos benefícios de aposentados e pensionistas. Os documentos enviados à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI) do INSS revelam que os servidores estão envolvidos em operações financeiras anômalas, com valores incompatíveis com suas rendas, levantando sérias preocupações sobre a integridade das práticas administrativas no órgão.
Os relatórios da CGU, obtidos através do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), indicam que um dos principais alvos da investigação é André Fidelis, ex-diretor de benefícios do INSS, que teria recebido R$ 5,1 milhões de empresas ligadas a Antonio Carlos Camilo Antunes. Outro servidor sob suspeita é Alexandre Guimarães, ex-diretor de governança, que também está vinculado a uma empresa mencionada nas investigações. A CGU determinou que a Coordenação-Geral de Enfrentamento ao Enriquecimento Ilícito (Coeni) analise os indícios apresentados.
As implicações dessa investigação são significativas, pois podem resultar em ações legais contra os servidores envolvidos e um aumento no controle sobre as operações do INSS. A continuidade das apurações pode revelar um esquema mais amplo de corrupção e má gestão dentro do órgão, afetando a confiança pública nas instituições responsáveis pela seguridade social no Brasil.

