O CEO da Klarna, Sebastian Siemiatkowski, não vendeu ações durante o IPO bilionário da fintech, mas conseguiu consolidar sua posição ao garantir um empréstimo de US$ 112 milhões com ações como colateral. O financiamento foi concedido pelo banco sueco SEB e permitiu que ele comprasse a participação de outro investidor em uma empresa que detém ações da Klarna. Desde o início das negociações, a participação de Siemiatkowski na Klarna valorizou em mais de US$ 65 milhões, ampliando sua margem de segurança.
A operação gerou tensões internas na Klarna, especialmente entre Siemiatkowski e o co-fundador Victor Jacobsson, com quem ele teve conflitos sobre a governança da empresa antes do IPO. A estrutura acionária resultante do IPO mostra que a Sequoia Capital detém cerca de 22% dos direitos de voto, enquanto Siemiatkowski possui 7,4%. A abertura de capital não deve alterar significativamente a rotina da Klarna, que já estava sob forte escrutínio regulatório.
A transação com o SEB destaca como grandes fortunas podem ser alavancadas e os privilégios que bancos oferecem a clientes ultrarricos. Embora Siemiatkowski tenha aumentado sua participação na Klarna, o uso de ações como garantia é uma prática comum entre executivos para diversificar patrimônio sem vender ativos principais. A Klarna, fundada em Estocolmo, se destacou no modelo Buy Now, Pay Later e tem expandido suas operações para produtos bancários tradicionais.