A cúpula do Palácio do Planalto acendeu o alerta para a possível aliança entre partidos do Centrão e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). A preocupação dos aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não é nova, mas se intensificou após a ruptura da federação União Progressista, União Brasil e PP, que abandonaram os ministérios na Esplanada, sinalizando uma ruptura com a gestão petista.
As recentes articulações de Tarcísio em torno da anistia e seu discurso nacional, especialmente após visita ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), indicam uma sintonia entre o Centrão e a oposição. Essa aliança representa um obstáculo potencial à agenda governista no Congresso Nacional, especialmente em um momento crítico para o governo, que busca aprovar projetos prioritários como a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.
A saída dos partidos do Centrão do governo já se refletiu em votações no Senado, onde legendas como PP e União Brasil votaram contra propostas fundamentais. O governo agora aposta em uma estratégia de comunicação que contrasta suas medidas populares com a proposta de anistia, buscando reforçar que a base que abandona o governo prioriza interesses pessoais em detrimento das políticas públicas. Enquanto isso, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), enfrenta pressão para priorizar a tramitação de projetos que impactam diretamente a população.