Dados do Censo Escolar 2023 revelam que 38.019 estudantes brasileiros foram identificados como superdotados, o que representa 0,08% da educação básica. A superdotação é caracterizada por um conjunto de habilidades cognitivas e comportamentais que se destacam em comparação a indivíduos da mesma faixa etária, permitindo um aprendizado acelerado e desempenho diferenciado em diversas áreas. Crianças superdotadas frequentemente demonstram interesse precoce por letras, números e cores, ingressando na escolaridade obrigatória com habilidades avançadas de leitura e matemática.
O Ministério da Educação (MEC) destaca que desde 2013, a superdotação é contemplada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), garantindo a esses alunos o direito ao Atendimento Educacional Especializado (AEE). Este suporte inclui recursos como aceleração de séries e currículo adaptado. Especialistas ressaltam a importância do acompanhamento individualizado para estimular tanto o desempenho acadêmico quanto o desenvolvimento socioemocional, além de enfatizar a necessidade de identificação precoce das altas habilidades por meio de avaliações realizadas por profissionais especializados.
A identificação da superdotação deve ser conduzida por psicólogos ou neuropsicólogos, que utilizam entrevistas e avaliações psicopedagógicas para um diagnóstico preciso. Entre os tipos de superdotação reconhecidos estão a acadêmica e a produtivo-criativa, cada uma com características específicas. O MEC está adotando medidas para ampliar a inclusão desses estudantes, incluindo a capacitação de docentes e gestores voltados ao ensino especial, visando garantir um ambiente educacional mais inclusivo e adaptado às necessidades desses alunos.