A investigação sobre a morte do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes, executado em 15 de setembro em Praia Grande, revelou que Rafael Marcell Dias Simões, conhecido como ‘Jaguar’, foi um dos atiradores. A confirmação se deu após a análise do celular de Luiz, apelidado de ‘Fofão’, preso por envolvimento no crime. Mensagens extraídas do aparelho mostraram que Fofão ajudou Jaguar a fugir e indicaram sua participação direta na execução, conforme afirmou o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite.
Fontes, que tinha 63 anos e era ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, foi alvo de uma emboscada após uma perseguição em alta velocidade. Os criminosos dispararam mais de 20 tiros de fuzil contra ele dentro do carro capotado, evidenciando um planejamento meticuloso e conhecimento técnico dos executores. O crime está ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC), que, segundo Derrite, criou um grupo de elite chamado Restrita Tática para realizar atentados contra autoridades.
As implicações desse caso são alarmantes para a segurança pública em São Paulo, uma vez que o PCC demonstra capacidade operacional elevada e planejamento estratégico para executar crimes contra figuras públicas. Até o momento, oito mandados de prisão foram expedidos e quatro suspeitos estão detidos, mas a situação exige atenção contínua das autoridades para conter a crescente violência ligada ao crime organizado.