O ministro do Turismo, Celso Sabino, entregou sua carta de demissão ao Palácio do Planalto na sexta-feira (26), mas continua atuando nos bastidores para tentar permanecer no cargo. O União Brasil, partido ao qual é filiado, decidiu pela sua saída após romper politicamente com o governo Lula, gerando descontentamento entre seus aliados. Sabino busca apoio do presidente do PT, Edinho Silva, que defende sua permanência e pretende conversar com o presidente do União Brasil, Antonio Rueda, para reverter a situação.
Apesar das tentativas de articulação, a avaliação dentro do União Brasil é de que a demissão de Sabino é irreversível. Parlamentares relatam que as comunicações internas estão repletas de mensagens de despedida e a Executiva do partido considera até um processo de expulsão, uma vez que uma resolução anterior exigia que os filiados deixassem cargos no governo em até 24 horas. Se não conseguir se manter no cargo, Sabino planeja indicar Ana Carla Lopes, sua secretária-executiva e aliada, como sucessora, uma escolha que conta com o apoio do governador do Pará, Helder Barbalho.
Entretanto, outros partidos também estão se mobilizando para ocupar a vaga no Ministério do Turismo. No PT, há uma ala que defende a nomeação de Marcelo Freixo, presidente da Embratur. O PDT também se apresentou como candidato à posição. No Planalto, interlocutores discutem uma possível recomposição ministerial que poderia transferir o Turismo para o PSD da Câmara em troca da saída desse partido do Ministério da Pesca.