A Casa Branca reafirmou seu compromisso com a “liberdade de expressão” como um pilar de sua política externa ao comentar sobre o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF). Na terça-feira (9), a porta-voz Karoline Leavitt declarou que o governo Trump está disposto a empregar tanto poder econômico quanto militar dos Estados Unidos para “proteger a liberdade de expressão ao redor do mundo”. Durante uma coletiva de imprensa, Leavitt foi questionada sobre possíveis novas sanções contra o Brasil em resposta ao caso judicial envolvendo Bolsonaro, mas não antecipou medidas específicas, embora tenha enfatizado que essa questão é uma prioridade para a administração.
A manifestação da Casa Branca ocorreu após o voto do ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, que se posicionou pela condenação de Bolsonaro e outros réus por tentativa de golpe de Estado. O julgamento, conduzido pela Primeira Turma do STF, investiga o núcleo central da trama golpista. Em um movimento paralelo, a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil republicou um vídeo com a fala de Leavitt, na qual ela descreveu a liberdade de expressão como “a questão mais importante do nosso tempo” e afirmou que Washington já tomou “medidas significativas” para evitar que o Brasil imponha punições a seus cidadãos.
As declarações da Casa Branca indicam um possível endurecimento da postura dos EUA em relação ao Brasil, dependendo do desfecho do julgamento de Bolsonaro. A administração Trump parece disposta a agir em defesa da liberdade de expressão, o que pode ter implicações significativas nas relações bilaterais e na política interna brasileira. A situação continua a ser monitorada de perto, dado o potencial impacto sobre a democracia e os direitos civis no país.