Na manhã de terça-feira (2), treze carretas de empresas investigadas por envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC) deixaram um posto de combustível em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. As carretas pertencem à G8Log e Moska Log, cujos proprietários, Mohamad Hussein Mourad, conhecido como “Primo”, e Roberto Augusto Leme da Silva, apelidado de “Beto Louco”, são considerados foragidos e apontados como líderes de um esquema bilionário que envolve adulteração de combustíveis e lavagem de dinheiro.
Os veículos estavam estacionados desde a última sexta-feira (29) e apenas nove dos 22 que estavam no local permanecem. A investigação revela que o esquema operava com a importação clandestina de produtos químicos como metanol, usados para adulterar gasolina e etanol, além de envolver uma rede complexa que incluía usinas de etanol e postos de gasolina como fachadas. A Polícia Federal e a Agência Nacional do Petróleo estão colaborando na análise das operações das empresas.
As implicações dessa operação são significativas, pois expõem uma rede organizada que movimentou quase R$ 800 milhões em 2021, apesar da G8Log não ter registrado faturamento até 2019. A operação também destaca a necessidade urgente de fiscalização mais rigorosa no setor de combustíveis, uma vez que a quadrilha utilizava métodos sofisticados para ocultar suas atividades ilícitas, afetando não apenas a economia, mas também a saúde pública.