A CPMI que investiga os descontos indevidos em benefícios de aposentados do INSS ouviu, nesta segunda-feira (8), o ex-ministro da Previdência Social, Carlos Lupi. Ele ocupou o cargo de janeiro de 2023 a maio de 2025 e pediu demissão após uma operação da Polícia Federal e da CGU para combater fraudes que podem ultrapassar R$ 6 bilhões, ocorridas entre 2019 e 2024. Durante seu depoimento, Lupi reconheceu que sua maior falha foi não ter dado a devida dimensão ao rombo financeiro causado pelas irregularidades.
Lupi afirmou que tomou conhecimento dos descontos irregulares apenas em março de 2023 e que o INSS levou um ano para implementar novas regras visando coibir essas práticas. O relator da comissão, deputado Alfredo Gaspar, do União Brasil, questionou a falta de ações mais contundentes por parte do INSS diante das irregularidades já conhecidas. Lupi admitiu que a autarquia deveria ter agido com mais rigor para evitar os desvios.
As declarações de Lupi levantam questões sobre a responsabilidade do governo em relação à supervisão do INSS e à proteção dos aposentados. A CPMI continua a investigar as fraudes e busca responsabilizar os envolvidos, enquanto a sociedade aguarda medidas concretas para evitar que situações semelhantes ocorram no futuro.