A deputada Carla Zambelli (PL-SP), uma figura proeminente do bolsonarismo, vive um momento crítico na penitenciária de Rebibbia, em Roma, onde está detida desde 29 de julho. Condenada a quinze anos de prisão no Brasil por invasão ao sistema de Justiça e por perseguir armada um homem nas ruas, Zambelli divide uma cela com outras mulheres e tenta, sem sucesso, obter a prisão domiciliar devido à sua condição médica. A defesa alega que ela não está recebendo o tratamento necessário e desmaiou três vezes na última semana.
Zambelli esperava contar com o apoio da direita italiana, mas até o momento não obteve resposta significativa da primeira-ministra Giorgia Meloni, embora tenha recebido uma promessa de visita do vice-premiê Matteo Salvini. O ministro da Justiça, Carlo Nordio, ainda não decidiu sobre o pedido de extradição feito pelo Brasil, o que aumenta a incerteza sobre o futuro da deputada. Em meio a essa situação, Zambelli expressou sua frustração ao jornal La Repubblica, afirmando que esperava mais apoio.
No Brasil, a situação de Zambelli também é delicada; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, declarou que o processo dela é irreversível e que ela havia cavado sua própria sepultura. Durante uma audiência por vídeo sobre a cassação de seu mandato, a deputada recebeu palavras de apoio de Bia Kicis (PL-DF), que mencionou uma possível missão da Câmara à Itália para ajudá-la. Zambelli, emocionada, chorou ao ouvir essas palavras.