Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como ‘Careca do INSS’, foi preso pela Polícia Federal em 12 de setembro de 2025, durante investigações sobre fraudes em benefícios previdenciários. Juntamente com o empresário Maurício Camisotti, Antunes é acusado de liderar um esquema que movimentou R$ 53,58 milhões entre 2022 e 2024, utilizando uma rede de 22 empresas para ocultar transações financeiras. Apesar de seu apelido, ele nunca foi funcionário do INSS e sua vida pessoal permanece envolta em mistério, com informações limitadas disponíveis ao público.
Os relatórios da Polícia Federal revelam que Antunes utilizava sociedades de propósito específico para dificultar a fiscalização e que parte dos recursos foi repassada a funcionários do INSS. Além disso, sua ostentação de bens de luxo contrasta com sua renda declarada de R$ 24 mil mensais. A CPMI do INSS teve dificuldades para localizá-lo e, após a prisão, quebrou seus sigilos bancário, fiscal e telefônico, aumentando a pressão política sobre o caso.
A prisão de Antunes simboliza um avanço significativo nas investigações sobre corrupção no setor previdenciário brasileiro. Sua conexão com figuras políticas, incluindo uma reunião com o ministro da Previdência no início do governo Lula, levanta preocupações sobre a influência de lobistas na administração pública. O desdobramento deste caso poderá impactar a percepção pública sobre a integridade das instituições previdenciárias e a necessidade de reformas no setor.