O cardeal Robert Sarah, prefeito emérito da Congregação para o Culto Divino, criticou nesta sexta-feira (12) o documento ‘Fiducia Supplicans’, que permite a bênção de casais homossexuais, afirmando que deveria ser ‘esquecido’. Em entrevista ao Avvenire, ele considerou a declaração teologicamente fraca e um risco à unidade da Igreja, pedindo que seu conteúdo fosse esclarecido e possivelmente reformulado.
Sarah também expressou preocupação com o endurecimento das regras para o uso do rito antigo nas celebrações religiosas, questionando a possibilidade de proibir um rito com mais de mil anos. Ele argumentou que a liturgia é uma fonte essencial para a teologia e que negar o acesso a fontes antigas seria um erro. O cardeal elogiou o novo papa Leão XIV por sua abordagem ao mundo e sua atenção ao diálogo, ressaltando a importância da tradição na missão da Igreja.
As declarações de Sarah ocorrem em um momento de debate intenso dentro da Igreja Católica sobre questões de inclusão e tradição. A posição do Vaticano, que permite as bênçãos a casais homoafetivos desde dezembro de 2023, contrasta com as opiniões conservadoras de figuras como Sarah, indicando uma divisão crescente entre diferentes correntes dentro da Igreja. O futuro da liturgia e das práticas religiosas pode ser impactado por esses debates.