Arqueólogos recuperaram um capacete romano no fundo do mar, próximo ao local da Batalha das Ilhas Égadas, na Sicília, datado de 241 a.C. O capacete, que apresenta protetores de bochecha totalmente preservados, é uma raridade entre os achados arqueológicos, destacando-se pela sua condição após mais de dois milênios submerso. A escavação foi realizada pela Superintendência do Mar da Sicília em colaboração com mergulhadores e arqueólogos marítimos.
O capacete Montefortino, datado do século 4 a.C. ao início do período imperial, possui uma cúpula arredondada de bronze e proteção de pescoço eficaz. A Batalha das Ilhas Égadas foi um marco na Primeira Guerra Púnica, encerrando 23 anos de conflito entre Roma e Cartago, resultando na rendição cartaginesa e na entrega da Sicília a Roma. A descoberta faz parte de um projeto que já coletou mais de 30 capacetes e outros artefatos significativos da batalha.
Essas descobertas ressaltam o papel da Sicília como guardiã do patrimônio mediterrâneo e destacam o leito marinho do Égadi como uma das principais áreas arqueológicas subaquáticas do mundo. Além do capacete, foram encontrados aríetes navais, espadas e moedas, que compõem um registro arqueológico valioso da época. A conservação dos artefatos e as tomografias computadorizadas revelaram detalhes sobre a administração militar romana durante a guerra.