Durante a partida entre Cruzeiro e Atlético-MG, realizada no Mineirão em Belo Horizonte, o árbitro Rafael Rodrigo Klein registrou episódios de homofobia provenientes da torcida cruzeirense. O jogo, que ocorreu na quinta-feira (11), teve cânticos ofensivos direcionados ao zagueiro Lyanco, além de arremessos de objetos como um galo de borracha e copos plásticos. O protocolo anti-homofobia foi seguido, mas o incidente pode resultar em punições severas para o Cruzeiro, incluindo a perda de pontos no Campeonato Brasileiro.
O árbitro relatou na súmula que os cânticos homofóbicos foram ouvidos em três momentos distintos do primeiro tempo e que as medidas necessárias foram tomadas, incluindo anúncios no sistema de som do estádio. A situação é preocupante, pois o Código Brasileiro de Justiça Desportiva prevê sanções para tais comportamentos, e o caso será julgado pelo Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O Cruzeiro poderá enfrentar consequências severas se não forem identificados os responsáveis pelos atos.
Além disso, após a partida, Lyanco fez uma postagem polêmica nas redes sociais, que continha uma mensagem misógina, mas foi editada posteriormente. Este episódio se soma a um histórico de punições a clubes por comportamentos homofóbicos, evidenciando a necessidade urgente de uma mudança cultural no futebol brasileiro. A auditora Adriene Hassen já havia destacado que o futebol não suporta mais episódios desse tipo, reforçando a importância de um ambiente respeitoso nas arquibancadas.