A administração do canal do Panamá anunciou que planeja iniciar a construção de um gasoduto em 2027, com as primeiras conversas formais entre empresas interessadas ocorrendo nesta semana. O gasoduto, que terá 77 quilômetros de extensão, permitirá o transporte de etano, propano e butano da costa leste dos Estados Unidos para mercados na China, Japão e Coreia do Sul, um projeto que a Autoridade do Canal do Panamá (ACP) acredita que poderá duplicar seu volume de negócios na próxima década.
Ricaurte Vásquez, administrador da ACP, afirmou que as conversas com empresas de navegação e energia começarão na próxima quinta-feira. O custo estimado para a construção do gasoduto varia entre 2 e 8 bilhões de dólares, dependendo da quantidade de gás transportada. Com mais de 90% do etano, propano e butano enviados dos Estados Unidos para a Ásia utilizando o canal, o projeto é visto como crucial para manter a competitividade da via interoceânica.
Vásquez alertou que, se o canal não avançar com a construção do gasoduto, novas rotas comerciais poderão surgir, prejudicando o tráfego atual. O canal do Panamá, inaugurado em 1914, conecta mais de 1.900 portos em 170 países e é uma rota vital para o comércio marítimo global. A ACP está focada em capturar o crescimento no transporte de combustíveis, especialmente com a industrialização crescente da Índia e outros fatores econômicos.