No último domingo (7), o centro de Brasília foi tomado por centenas de fiéis das religiões de matriz africana durante a primeira edição do evento Caminhos para Exu. A caminhada teve início na Praça das Avós, com apresentações musicais, e seguiu até a Biblioteca Demonstrativa, promovendo a celebração e desmistificação da importância de Exú. Coordenadora do evento, Kika Ribeiro enfatizou que a cerimônia visa afirmar a existência e resistência das comunidades tradicionais de terreiro.
A caminhada, inspirada na Marcha para Exu da Avenida Paulista, buscou criar laços entre gerações e saberes, reafirmando Brasília como um polo cultural afro-brasileiro. A participação da Fundação Palmares, que distribuiu materiais sobre a história da África, e as falas de figuras como a deputada Érika Kokay ressaltaram a necessidade de reconhecimento e valorização das tradições afro-brasileiras. O evento também promoveu um espaço de diálogo e resistência contra preconceitos.
Com a presença de diversas lideranças e fiéis, o Caminhos para Exu não apenas celebrou a cultura afro-brasileira, mas também destacou a importância da ancestralidade e da luta por direitos. A mobilização demonstrou que as tradições de terreiro são parte fundamental da identidade brasileira, promovendo uma reflexão sobre a diversidade cultural e a necessidade de políticas públicas que valorizem essas expressões.