A reforma administrativa voltou ao centro das discussões políticas nesta quarta-feira, 3 de setembro de 2025, na Câmara dos Deputados. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), convocou uma comissão geral para debater as propostas do deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), que apresenta 70 sugestões divididas em três eixos principais. As propostas visam a contenção de gastos e a revisão de benefícios, mas ainda não há um texto final a ser votado no plenário.
Pedro Paulo destacou que o combate aos “penduricalhos” é um dos maiores desafios da reforma, propondo limitar cargos comissionados e rever regras de férias e aposentadorias. A nova proposta inclui a criação de uma tabela remuneratória única e a revisão anual de gastos, com o objetivo de aumentar a transparência e a responsabilidade fiscal. A expectativa é que as propostas sejam levadas à votação ainda em setembro, mas o histórico de reformas anteriores sugere que o caminho pode ser repleto de obstáculos.
A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, expressou apoio à proposta, embora tenha alertado sobre a dificuldade de implementação das mudanças sugeridas. A reforma administrativa é vista como uma prioridade pelo governo e pelo Congresso, mas a experiência passada com tentativas semelhantes levanta dúvidas sobre sua viabilidade e aceitação entre os parlamentares e a sociedade.