O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) prorrogou o prazo para a conclusão da análise da fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi, indicando que o caso é mais complexo do que se previa. No último dia 29 de agosto, o Cade decidiu estender o prazo que terminaria em 3 de outubro, e o relator José Levi Mello do Amaral Júnior pediu um estudo econômico sobre o varejo pet. A análise se torna necessária devido ao modelo de superstores adotado pelas empresas e à sua força no mercado digital.
Inicialmente, a Superintendência Geral do Cade havia aprovado a fusão sem restrições, argumentando que o setor era altamente pulverizado com pequenos negócios. No entanto, a Petlove, terceira colocada no mercado pet, contestou essa decisão, alegando que a inclusão de pequenos pet shops na análise não reflete a realidade competitiva. Especialistas alertam que, apesar da participação de mercado de menos de 10% das empresas resultantes da fusão, o poder de barganha junto aos fornecedores pode ser significativo.
A análise aprofundada é vista como uma medida prudente, especialmente considerando que as vendas online representam uma parte substancial da receita das duas empresas. A Petz registrou R$ 871 milhões em vendas digitais no primeiro semestre de 2025, enquanto a Cobasi alcançou R$ 634 milhões. O Cade estima que a participação de mercado das duas juntas no comércio online varia entre 40% e 50%, o que levanta preocupações sobre possíveis aumentos de preços e a concorrência no setor.