As ações da Braskem registraram uma queda significativa de 14% na B3 nesta sexta-feira (26), cotadas a R$ 7,09, o menor valor intradia desde março de 2015. O movimento ocorre após a empresa anunciar a contratação de assessores financeiros e jurídicos para avaliar alternativas para sua estrutura de capital, em meio a um cenário de fragilidade no setor petroquímico global.
A decisão da Braskem reflete um quadro desafiador, com margens pressionadas e dependência de fatores externos, como tarifas de importação e a aprovação do REIQ/Presiq. A agência S&P rebaixou recentemente a nota de crédito da empresa, aumentando as preocupações sobre sua capacidade de pagamento. Além disso, a Braskem enfrenta dívidas bilionárias e pressões judiciais relacionadas à extração de sal-gema em Maceió (AL), que causou sérios problemas ambientais.
O futuro da Braskem permanece incerto, com desafios adicionais como a deterioração da percepção de risco e dificuldades na parceria com a mexicana Idesa. Apesar das pressões, o presidente Roberto Ramos reafirmou a estratégia de reestruturação baseada em gás natural e químicos renováveis, descartando a venda de ativos por ora. A situação da empresa continua a ser monitorada de perto por analistas e investidores.