O Brasil se destaca na América Latina ao concentrar 952 startups de base científica e tecnológica, representando 72,3% das 1.316 deeptechs mapeadas na região, segundo o relatório Deep Tech Radar Latam 2025. O estudo, elaborado pela consultoria Emerge em parceria com o Cubo Itaú, foi apresentado em São Paulo no evento Cubo Conecta 2025. Apesar da quantidade, o Brasil ainda está atrás do Chile e da Argentina em termos de volume de investimentos privados nessas empresas inovadoras.
O relatório revela que apenas 7% das deeptechs brasileiras receberam capital privado, enquanto 36% dependem exclusivamente de recursos públicos, principalmente da Fapesp. Daniel Pimentel, cofundador da Emerge, destaca que a diferença no perfil de mercado entre Brasil, Chile e Argentina influencia a atração de investimentos. Enquanto o Brasil possui um mercado interno robusto, os países vizinhos têm um foco internacional que facilita a captação de recursos.
Os autores do relatório enfatizam a necessidade de ampliar a base de investimentos e diversificar as tecnologias para que as deeptechs brasileiras possam competir globalmente. A pesquisa aponta que áreas como biotecnologia e inteligência artificial estão em ascensão, mas para alcançar um impacto significativo, é crucial conectar as inovações às demandas globais e aumentar a presença de capital de risco especializado no Brasil.