O Tesouro Nacional do Brasil anunciou nesta terça-feira seu retorno ao mercado internacional com a emissão de títulos soberanos com prazos de cinco e trinta anos, com vencimentos em 2030 e 2056, respectivamente. Além da venda dos novos papéis, os investidores terão a opção de trocar títulos que vencem em 2037, 2041, 2045, 2047, 2050 e 2054 pelo título com vencimento em 2056 ou optar pela recompra desses mesmos papéis pelo governo. O objetivo da operação é promover a liquidez da curva de juros soberana em dólar no mercado externo e antecipar refinanciamentos de dívidas em moeda estrangeira.
A operação será liderada pelos bancos Bank of America, Itaú BBA USA e J.P. Morgan, e os títulos serão emitidos no mercado global. O resultado da precificação será divulgado pelo Tesouro ao final do dia. As ofertas denominadas em dólares já haviam sido registradas na U.S. Securities and Exchange Commission, a agência reguladora do mercado de capitais dos Estados Unidos. Esta é a terceira emissão externa do Tesouro neste ano, após captações bem-sucedidas que totalizaram US$5,25 bilhões em operações anteriores realizadas em fevereiro e junho.
O secretário do Tesouro, Rogério Ceron, havia indicado anteriormente que o governo brasileiro planejava novas emissões de títulos da dívida no mercado externo ainda em 2025. Com essa estratégia, o governo busca não apenas garantir recursos para suas operações, mas também estabelecer um parâmetro para o setor corporativo que deseja captar recursos no exterior, reforçando a confiança dos investidores na economia brasileira.