O Brasil estuda a aplicação da Lei de Reciprocidade Econômica como resposta às tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos em julho. O vice-presidente Geraldo Alckmin, durante uma viagem oficial ao México, indicou que o governo busca abrir um canal de negociação com os americanos, apesar da resistência demonstrada por Washington. Desde a imposição das tarifas, as negociações entre os dois países estão paralisadas.
Especialistas, como Alberto Pfeifer, coordenador-geral do Grupo de Análise Estratégica Internacional da USP, alertam que essa estratégia pode ser prejudicial ao Brasil. Pfeifer enfatiza que o maior impacto das tarifas americanas recai sobre o cidadão brasileiro, tanto produtores quanto consumidores finais. Ele critica a ideia de retaliar, afirmando que não há fundamento econômico para tal medida e que o Brasil frequentemente se coloca em situações de autossabotagem.
As implicações dessa possível retaliação são significativas, pois podem agravar a situação econômica do país em um momento já delicado. A falta de diálogo com os Estados Unidos pode resultar em perdas maiores para o Brasil, que precisa considerar alternativas mais construtivas para resolver suas questões comerciais. A análise do VEJA Mercado destaca a importância de decisões ponderadas em tempos de crise econômica.