O Brasil experimentou um crescimento nas exportações em agosto, logo após a implementação de tarifas de 50% pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. Este aumento foi impulsionado principalmente pelas vendas de soja, carne, milho e minério de ferro, apesar das incertezas que a medida americana gerou em setores dependentes do mercado norte-americano, que representa cerca de 12% das exportações brasileiras.
Embora o impacto imediato sobre o Produto Interno Bruto tenha sido estimado em apenas 0,2%, economistas alertam que a continuidade das tarifas pode prejudicar indústrias que não conseguem redirecionar suas vendas com facilidade. Setores como o de mel e máquinas enfrentaram dificuldades significativas, com quedas acentuadas nas exportações, enquanto outros segmentos compensaram as perdas com um aumento nas vendas para a China e países da América Latina, que cresceram 4%.
Em resposta à situação, o governo federal lançou o programa Brasil Soberano, que inclui medidas como crédito subsidiado e redução de impostos para exportadores afetados. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também se reuniu informalmente com o presidente dos EUA, Donald Trump, durante a Assembleia-Geral da ONU, levantando a possibilidade de futuras negociações bilaterais. O empresariado observa atentamente essas discussões, buscando soluções que possam aliviar as pressões tarifárias e garantir a diversificação dos mercados.