O Brasil tem se destacado como destino estratégico para empresas de mineração de criptomoedas que buscam energia limpa e abundante. Em julho de 2025, a Tether anunciou um investimento relevante para operar uma mineradora de bitcoin alimentada por eletricidade gerada em usinas de cana-de-açúcar no país. Além da Tether, outras companhias como Enegix, Penguin e Bitmain negociam contratos para explorar o potencial energético brasileiro.
O país acumula um excedente significativo de energia renovável, resultado de investimentos em fontes eólicas e solares ao longo dos últimos anos. Contudo, a infraestrutura de transmissão não acompanhou essa expansão, gerando desperdício de até 70% da energia produzida em algumas regiões. A Renova Energia já iniciou um projeto bilionário para construir seis data centers na Bahia, visando aproveitar esse excedente para a mineração digital.
Esse movimento pode impulsionar o mercado brasileiro de criptomoedas, ainda incipiente, além de contribuir para a melhor utilização da energia limpa disponível. A iniciativa também representa uma oportunidade para o Brasil se posicionar como protagonista na transição energética global, conciliando inovação tecnológica e sustentabilidade.