O Brasil, através do assessor especial da presidência, Celso Amorim, manifestou sua intenção de estreitar laços com a China, incluindo a ampliação da cooperação militar. A nomeação de generais como adidos militares na embaixada em Pequim marca uma mudança significativa na política externa brasileira, que antes se concentrava em Washington. Especialistas como Alana Camoça e Marina Moreno destacam que essa iniciativa reflete uma busca por maior autonomia e diversificação nas parcerias internacionais.
A presença crescente do Brasil na China é vista como um movimento estratégico para reduzir a dependência dos Estados Unidos em áreas como defesa e tecnologia. A cooperação com a China pode resultar em parcerias industriais e transferência de tecnologia, fortalecendo as cadeias produtivas brasileiras. Apesar disso, analistas ressaltam que essa aproximação não implica um alinhamento automático com o governo chinês, mas sim uma pluralização das relações internacionais do Brasil.
O encontro recente entre os líderes da China, Rússia e Coreia do Norte durante um desfile militar gerou preocupações no Ocidente, especialmente nos Estados Unidos. A imagem dos três líderes é interpretada como um desafio à hegemonia americana e uma sinalização de novas possibilidades de alinhamento para países que buscam diversificar suas relações internacionais. Essa dinâmica pode impactar a percepção global sobre o domínio político e militar dos EUA.