O mundo enfrenta entre 2023 e 2025 o maior branqueamento de corais já registrado, com quase 84% dos recifes em mais de 80 países impactados pelo calor extremo nos oceanos. No Brasil, seis das sete áreas monitoradas estão em alerta, com locais como Fernando de Noronha e o litoral de Pernambuco apresentando mais de 90% dos corais afetados. O fenômeno ocorre quando os corais perdem as algas microscópicas que vivem em seu interior, resultando na perda de cor e energia, podendo levar à morte dos recifes.
O branqueamento é desencadeado por um aumento de apenas 1 °C na temperatura da água durante algumas semanas e suas consequências vão além da perda estética. Os recifes são vitais para a biodiversidade marinha, abrigando um quarto de toda a vida oceânica, além de atuarem como barreiras naturais contra tempestades e sustentarem a pesca e o turismo. A degradação desses ecossistemas impacta diretamente as comunidades costeiras e a economia local.
Diante desse cenário alarmante, especialistas enfatizam que a crise do branqueamento de corais está diretamente ligada ao aquecimento global e à poluição. Para enfrentar essa situação, é fundamental reduzir as emissões de gases de efeito estufa, preservar os recifes que ainda resistem e controlar a poluição nas regiões costeiras. Sem ações efetivas nessas áreas, o futuro dos corais e dos ecossistemas marinhos permanece ameaçado em escala global.