A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) definiu, nesta quinta-feira, 11 de setembro de 2025, a pena para o general Walter Souza Braga Netto: 26 anos de prisão. Inicialmente, a pena será cumprida em regime fechado. Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2018, recebeu a segunda maior pena entre os oito réus condenados, ficando atrás apenas do ex-presidente, que foi sentenciado a 27 anos e 3 meses.
O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, havia proposto uma pena seis meses maior, mas aceitou um cálculo sugerido pelo presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin, que resultou na redução da pena. A sentença de Braga Netto inclui 24 anos de reclusão e 2 anos de detenção, além de uma multa equivalente a 100 dias de salário mínimo. As acusações contra os réus incluem abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.
A condenação de Braga Netto e dos outros réus pode ter repercussões profundas no cenário político do Brasil, especialmente em relação ao legado da administração Bolsonaro e à percepção pública sobre a estabilidade democrática no país. A decisão do STF também destaca o papel do Judiciário na manutenção da ordem constitucional e na responsabilização de figuras proeminentes por crimes graves.