A boxeadora argelina Imane Khelif, campeã olímpica em Paris 2024, recorreu ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS/CAS) contra a decisão da World Boxing que a suspendeu de competições oficiais até que realize testes genéticos de sexo. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (1º) pela corte internacional, que informou que o recurso busca anular a determinação e garantir a participação da atleta no Mundial de 2025 sem a exigência do exame. No entanto, o CAS rejeitou o pedido de suspensão imediata da medida, o que significa que Khelif permanece impossibilitada de atuar enquanto o caso não for julgado. As partes estão atualmente trocando documentos escritos e uma audiência será marcada em breve. A boxeadora de 26 anos conquistou o ouro na categoria meio-médio em Paris, um ano após ser excluída do Mundial de 2023 pela Associação Internacional de Boxe (IBA) devido a alegações de irregularidades em testes cromossômicos. Com a retirada do reconhecimento da IBA pelo Comitê Olímpico Internacional em 2023, Khelif pôde competir em Paris sob a organização direta do COI. A World Boxing, que assumirá a governança do esporte a partir dos Jogos de Los Angeles 2028, anunciou em maio a obrigatoriedade dos testes em todas as competições, pedindo desculpas por ter exposto publicamente o nome da atleta ao divulgar a regra. Khelif, que estava inscrita em um torneio na Holanda em junho, optou por não participar devido à exigência dos testes e reafirmou sua identidade como mulher e sua longa trajetória em competições femininas.

