Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos de prisão, descumpriu a principal promessa feita a seus eleitores em 2018, quando se apresentou como a alternativa ao petismo. Sua trajetória política começou em 2014, quando se destacou como o deputado federal mais votado do Rio de Janeiro, aproveitando-se da onda de escândalos de corrupção da Operação Lava-Jato. Ao longo de sua presidência, Bolsonaro abandonou o discurso antipetista e se tornou um fator que facilitou o retorno de Lula ao Planalto, decepcionando seus apoiadores que esperavam uma nova política livre de corrupção.
A ascensão de Bolsonaro ao poder foi marcada por promessas de um governo menos corrupto e mais competente, mas sua administração foi repleta de crises e escândalos. O ex-presidente utilizou sua posição para atacar instituições democráticas e promover uma agenda que culminou em um governo considerado golpista. Com a insatisfação crescente entre seus apoiadores, muitos agora se sentem traídos por um líder que não apenas falhou em suas promessas, mas também contribuiu para a volta do petismo ao poder.
As implicações dessa traição são profundas para o cenário político brasileiro. A desilusão dos bolsonaristas pode impactar futuras eleições e a dinâmica dos partidos no país. A percepção de que Bolsonaro se tornou um aliado involuntário de Lula representa uma reviravolta significativa na política nacional, levantando questões sobre a viabilidade de novas lideranças que possam emergir desse contexto conturbado.